Olá. Espero que estejam bem em casa ou num ambiente controlado e a manter-se ativos neste período. O assunto de hoje tem a ver com marketing , de certo modo, mas sobretudo com o mercado de trabalho, acessibilidades e as barreiras que alguns de nós encontram nos processos de seleçãoo das empresas, que são cada vez mais sofisticados. Para a maioria de nós, sobretudo quando estamos à procura de um emprego digamos "convencional", o processo normalmente inclui uma candidatura, o envio de um CV e talvez uma carta de apresentação, e por fim rondas de entrevistas. No entanto, esse já não é o paradigma para todas as empresas ou todos os processos de seleção. Recentemente inscrevi-me em duas oportunidades para ganhar curriculo e talvez fazer algum dinheiro por conta própria e deparei-me com testes psicométricos. Ora, não foi a primeira vez que eu ouvi falar deste tipo de processo de seleção, pelo que perceho hoje passa-se por eles para se trabalhar até num call ce
Estamos a 20 de março, entra hoje a Primavera, o COVID-19 entrou em Portugal há 3 semanas salvo erro, estamos em contenção há uma semana, e em Estado de Emergência há dois dias - isto é só para contexto.
Eu estava a estagiar e estou efetivamente em Teletrabalho permanente há uma semana. E começo a entrar na frase em que começo a questionar tudo e mais alguma coisa, desde a segurança do projeto de vida em que estava a trabalhar até à forma como a nossa sociedade vai sair desta crise.
Sobretudo, quesriono-me sobre toda esta questão do Teletrabalho.
Desde que formei que sempre fiz teletrabalho, e teleestudo, fosse para mim ou para ganhar uns trocos escrevendo para clientes pelo mundo fora. Já fiz isso durante muito tempo, e o que eu descobri é que sabe bem por uns dias, ocasionalmente, mas em geral não gosto.
Quando se está em teletrabalho para os outros, tem de se esrar ainda mais disponível do que quando se vai a um escritório. Não há o "não trazer o trabalho para casa", porque ele está em casa. Não há horários...nem para nós nem para quem nos dá tarefas. Podemos ser solicirados logo de manhã ou de noite, quando já devíamos estar a descansar.
Não se ganha tempo algum, porque mesmo que não se esteja com tarefas, temos de estar disponível pelo menos no horário em que é suposto estarmos a trabalhar - se arriscarmos podemos ser interrompidos no meio de uma ronda de flexões, ou de uma série, ou da limpeza da casa.
Por isso o único tempo que se ganha é nas deslocações que não fazemos. E eu pergunto-me quanto tempo vai demorar até tentarem abolir os subsídios, justamente por não nos deslocarmos nem comermos fora de casa.
Portugal está a descobrir o teletrabalho, mas se ele funciona para multinacionais e a curto prazo, o dia em que a população geral - patrões em particular - descubra que se pode fazer quase tudo remotamente, assusta-me.
Porque agora, é uma situação ad hoc, está a tratar-se o teletrabalho como trabalho normal - e depois disto? Vão fechar os escritórios porque as pessoas podem trabalhar de casa? Vãp isolar-nos ainda mais? Vão tornar a nossa vida completamente digital?
E quem paga os recursos que gastamos em casa? Telemóveis, internet, papel, energia....
É claro que exisrem vantagens no teletrabalho - flexibilidade para ir fazer as tarefas de casa a meio do dia, ir a serviços que normalmente não se pode ir porque se está num escrit+orio, fazer exercício, ter um encontro rápido, não estar limitado na comida que temos ao dispor...
Mas esses benefícios todos só existem enquanto somos os únicos...se tudo se tornar remoto e virtual, de que serve ter liberdade?
Eu estava a estagiar e estou efetivamente em Teletrabalho permanente há uma semana. E começo a entrar na frase em que começo a questionar tudo e mais alguma coisa, desde a segurança do projeto de vida em que estava a trabalhar até à forma como a nossa sociedade vai sair desta crise.
Sobretudo, quesriono-me sobre toda esta questão do Teletrabalho.
Imagem via Unsplash |
Quando se está em teletrabalho para os outros, tem de se esrar ainda mais disponível do que quando se vai a um escritório. Não há o "não trazer o trabalho para casa", porque ele está em casa. Não há horários...nem para nós nem para quem nos dá tarefas. Podemos ser solicirados logo de manhã ou de noite, quando já devíamos estar a descansar.
Não se ganha tempo algum, porque mesmo que não se esteja com tarefas, temos de estar disponível pelo menos no horário em que é suposto estarmos a trabalhar - se arriscarmos podemos ser interrompidos no meio de uma ronda de flexões, ou de uma série, ou da limpeza da casa.
Por isso o único tempo que se ganha é nas deslocações que não fazemos. E eu pergunto-me quanto tempo vai demorar até tentarem abolir os subsídios, justamente por não nos deslocarmos nem comermos fora de casa.
Portugal está a descobrir o teletrabalho, mas se ele funciona para multinacionais e a curto prazo, o dia em que a população geral - patrões em particular - descubra que se pode fazer quase tudo remotamente, assusta-me.
Porque agora, é uma situação ad hoc, está a tratar-se o teletrabalho como trabalho normal - e depois disto? Vão fechar os escritórios porque as pessoas podem trabalhar de casa? Vãp isolar-nos ainda mais? Vão tornar a nossa vida completamente digital?
E quem paga os recursos que gastamos em casa? Telemóveis, internet, papel, energia....
É claro que exisrem vantagens no teletrabalho - flexibilidade para ir fazer as tarefas de casa a meio do dia, ir a serviços que normalmente não se pode ir porque se está num escrit+orio, fazer exercício, ter um encontro rápido, não estar limitado na comida que temos ao dispor...
Mas esses benefícios todos só existem enquanto somos os únicos...se tudo se tornar remoto e virtual, de que serve ter liberdade?
Comentários
Enviar um comentário