Olá. Espero que estejam bem em casa ou num ambiente controlado e a manter-se ativos neste período. O assunto de hoje tem a ver com marketing , de certo modo, mas sobretudo com o mercado de trabalho, acessibilidades e as barreiras que alguns de nós encontram nos processos de seleçãoo das empresas, que são cada vez mais sofisticados. Para a maioria de nós, sobretudo quando estamos à procura de um emprego digamos "convencional", o processo normalmente inclui uma candidatura, o envio de um CV e talvez uma carta de apresentação, e por fim rondas de entrevistas. No entanto, esse já não é o paradigma para todas as empresas ou todos os processos de seleção. Recentemente inscrevi-me em duas oportunidades para ganhar curriculo e talvez fazer algum dinheiro por conta própria e deparei-me com testes psicométricos. Ora, não foi a primeira vez que eu ouvi falar deste tipo de processo de seleção, pelo que perceho hoje passa-se por eles para se trabalhar até num call ce
Olá. Espero que estejam bem em casa ou num ambiente controlado e a manter-se ativos neste período. O assunto de hoje tem a ver com marketing, de certo modo, mas sobretudo com o mercado de trabalho, acessibilidades e as barreiras que alguns de nós encontram nos processos de seleçãoo das empresas, que são cada vez mais sofisticados.
Para a maioria de nós, sobretudo quando estamos à procura de um emprego digamos "convencional", o processo normalmente inclui uma candidatura, o envio de um CV e talvez uma carta de apresentação, e por fim rondas de entrevistas.
No entanto, esse já não é o paradigma para todas as empresas ou todos os processos de seleção.
Recentemente inscrevi-me em duas oportunidades para ganhar curriculo e talvez fazer algum dinheiro por conta própria e deparei-me com testes psicométricos.
Ora, não foi a primeira vez que eu ouvi falar deste tipo de processo de seleção, pelo que perceho hoje passa-se por eles para se trabalhar até num call center ou como promotor num supermercado.
Mas foi a minha primeira experiência a ser testada, o que aos 27 anos de idade é dizer muito.
Ontem assisti, por meio da mesma ação, a uma webinário sobre este tipo de testes que foi esclarecedor por um lado e assustador por outro. Percebi que a avaliação psicométrica pode envolver muitos fatores, desde a personalidade da pessoa - testes de personalidade - à sua capacidade de lidar com cenários e problemas relacionados com a função ou mesmo a sua aptidão para questões como línguagem e números.
Eu percebo que um processo de seleção tem de ter parâmetros e que estes testes tiram um pouco do fator humano - isso é bom - e do peso da idade e/ou experiência - algo por que eu me bato há muito, porque acredito que a experiência não é um posto - mas coloca outros problemas.
No meu caso, por exemplo, eu tive dificuldades tecnológicas em ambos os testes que fiz - e tenho um compurador recente de gama alta. Mas com as adaptações que tenho de lhe fazer, tinha sempre de escolher entre ver bem e ver tudo, ou mesmo ter de desistir do teste porque não era compatível com as específicações do meu computador.
Isso atrasou-me, enervou-me e, em boa verdade, prejudicou-me. Porque era uma teste de razão númera, que já não é o meu forte, mas entre caderno, calculadora e simplesmente a navegação do teste, o tempo esgotou-se antes de conseguir fazer o que quer que fosse. E eu sei que conseguiria, com as condições ideais e tempo.
Agora imaginem outro tipo de situação, em que estou a fazer um teste em grupo, com tempo limitado e sem acesso a um computador pessoal. A minha visão afeta o meu tempo de percepção e análise de dados, por isso nunca vou ser a mais rápida em nenhuma tarefa. Isso faz de mim incompetente? Inapta para uma posição em que o que estava a ser testado não era sequer a rapidez?
Claro que, depois disto venho a descobrir que existia a possibilidade de fazer um teste adaptado. E poderia ter ajudado, acredito mesmo que sim. Mas eu nunca usei um teste adaptado na vida. Nem sequer na escola. E não me passou pela cabeça pedir até agora.
A questão é: eu aprecio que tenham pensado nisso, mas será que, numa situação mais séria e presencial, pedíria um teste adaptado, sabendo que isso poderia colocar um sinal de alarme na minha candidatura?
Por isso tenho de concordar com alguém que dizia que tinha uma relação de amor-ódio com os testes. É que as entrevistas são intimidantes e imprevisíveis, mas nestes testes podemos perfeitamente "ser presos por ter cão e por não ter" - se tentamos responder depressa podemos errar, se pedimos adaptações podemos ser julgados, se respondemos verdade podemos não ter perfil, se respondermos correto podemos ser demasiado corretos...enfim, quase parece que não há como ganhar!
Alguém aqui já teve experiência com testes psicométricos?
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