Olá. Espero que estejam bem em casa ou num ambiente controlado e a manter-se ativos neste período. O assunto de hoje tem a ver com marketing , de certo modo, mas sobretudo com o mercado de trabalho, acessibilidades e as barreiras que alguns de nós encontram nos processos de seleçãoo das empresas, que são cada vez mais sofisticados. Para a maioria de nós, sobretudo quando estamos à procura de um emprego digamos "convencional", o processo normalmente inclui uma candidatura, o envio de um CV e talvez uma carta de apresentação, e por fim rondas de entrevistas. No entanto, esse já não é o paradigma para todas as empresas ou todos os processos de seleção. Recentemente inscrevi-me em duas oportunidades para ganhar curriculo e talvez fazer algum dinheiro por conta própria e deparei-me com testes psicométricos. Ora, não foi a primeira vez que eu ouvi falar deste tipo de processo de seleção, pelo que perceho hoje passa-se por eles para se trabalhar até num call ce
Eu disse que ia falar de inovação por estas bandas, e aqui está a prova.
Acabei de ouvir que a União Europeia quer criar um fundo para apoiar empresas promissoras aqui no Velho Continente.
Até aqui tudo bem, na realidade acho ótimo que se apoie as start-ups europeias, que há por aí muitas ideias boas e o crowdfunding não chega para tudo.
O problema é o real objetivo da iniciativa - competir com os gigantes tecnológicos das Américas e do Extremo Oriente. Isso não vai acontecer.
A Europa é o Velho Continente por uma boa razão. Somos das Civilizações mais antigas que existem e temos fronteiras relativamente estáveis em termos gerais há mais tempo que a maior parte do mundo.
Mas vamos lá olhar bem para o cenário. Os Asiáticos sempre tiveram mais jeito para a inovação do que nós, por isso é que nos tornamos tão dependentes ao longo dos tempos. Ainda nem havia comércio propriamente dito e já nos deslocávamos ao Oriente para trazer bens e soluções - daí os Descobrimentos.
E depois desenvolveram-se os Americanos e a coisa piorou. Muito. Até nas indústrias em que somos bons - automóvel, farmacêutica - eles nos vão ultrapassando. Então na tecnologia é inegável que eles têm a "faca e o queijo na mão", seja em software, hardware ou mesmo redes sociais.
E a informática, que é a área em que a UE quer apostar, nunca teve o seu desenvolvimento ligado aqui ao Velho Continente. Temos de pensar muito para encontrar uma marca ou produto que esteja ligado à informática e seja verdadeiramente europeu - e já agora não tenha falido ou sido adquirido por Americanos ou Asiáticos.
Não é que os Europeus não sejam capazes, porque claro que são, é mesmo que o nosso negócio não está ligado a esse ramo, como não está a outros, e a Europa continua a correr atrás do prejuízo para não ficar presa na Guerra Comercial.
A questão é que por mais que todos gostássemos de não ter de pagar os portes ou as comissões de importação, ter vontade e dar uns subsídios não chega. E sinceramente não sei se ainda vamos a tempo de inventar algo que faça a diferença.
O fundo é uma ótima ideia sim, mas espero sinceramente que não morra só porque os projetos não terão, e espero estar enganada, a importância geoestratégica que lhes querem incutir.
Acabei de ouvir que a União Europeia quer criar um fundo para apoiar empresas promissoras aqui no Velho Continente.
Até aqui tudo bem, na realidade acho ótimo que se apoie as start-ups europeias, que há por aí muitas ideias boas e o crowdfunding não chega para tudo.
O problema é o real objetivo da iniciativa - competir com os gigantes tecnológicos das Américas e do Extremo Oriente. Isso não vai acontecer.
A Europa é o Velho Continente por uma boa razão. Somos das Civilizações mais antigas que existem e temos fronteiras relativamente estáveis em termos gerais há mais tempo que a maior parte do mundo.
Mas vamos lá olhar bem para o cenário. Os Asiáticos sempre tiveram mais jeito para a inovação do que nós, por isso é que nos tornamos tão dependentes ao longo dos tempos. Ainda nem havia comércio propriamente dito e já nos deslocávamos ao Oriente para trazer bens e soluções - daí os Descobrimentos.
E depois desenvolveram-se os Americanos e a coisa piorou. Muito. Até nas indústrias em que somos bons - automóvel, farmacêutica - eles nos vão ultrapassando. Então na tecnologia é inegável que eles têm a "faca e o queijo na mão", seja em software, hardware ou mesmo redes sociais.
E a informática, que é a área em que a UE quer apostar, nunca teve o seu desenvolvimento ligado aqui ao Velho Continente. Temos de pensar muito para encontrar uma marca ou produto que esteja ligado à informática e seja verdadeiramente europeu - e já agora não tenha falido ou sido adquirido por Americanos ou Asiáticos.
Não é que os Europeus não sejam capazes, porque claro que são, é mesmo que o nosso negócio não está ligado a esse ramo, como não está a outros, e a Europa continua a correr atrás do prejuízo para não ficar presa na Guerra Comercial.
A questão é que por mais que todos gostássemos de não ter de pagar os portes ou as comissões de importação, ter vontade e dar uns subsídios não chega. E sinceramente não sei se ainda vamos a tempo de inventar algo que faça a diferença.
O fundo é uma ótima ideia sim, mas espero sinceramente que não morra só porque os projetos não terão, e espero estar enganada, a importância geoestratégica que lhes querem incutir.
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