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Testes psicométricos

Olá. Espero que estejam bem em casa ou num ambiente controlado e a manter-se ativos neste período. O assunto de hoje tem a ver com marketing , de certo modo, mas sobretudo com o mercado de trabalho, acessibilidades e as barreiras que alguns de nós encontram nos processos de seleçãoo das empresas, que são cada vez mais sofisticados. Para a maioria de nós, sobretudo quando estamos à procura de um emprego digamos "convencional", o processo normalmente inclui uma candidatura, o envio de um CV e talvez uma carta de apresentação, e por fim rondas de entrevistas. No entanto, esse já não é o paradigma para todas as empresas ou todos os processos de seleção.  Recentemente inscrevi-me em duas oportunidades para ganhar curriculo e talvez fazer algum dinheiro por conta própria e deparei-me com testes psicométricos. Ora, não foi a primeira vez que eu ouvi falar deste tipo de processo de seleção, pelo que perceho hoje passa-se por eles para se trabalhar até num call ce

Analogia sobre Marketing Digital

Estamos na era do politicamente (in)correto e toda a gente gosta de fazer analogias para quem nunca estudou marketing e cai de repente no digital não se sentir tão perdido.

Ora, comparar a selva da internet ao shopping é sempre uma maneira simpática de introduzir os  conceitos de redes sociais, marketplaces, pesquisas e todo este mundo complexo que é, no fundo, o e-commerce.

Mas eu vejo outra imagem quando penso em todos estes conceitos. Para mim, não é um shopping, é uma feira.

Assustados? Eu explico.


Vou-vos pedir que façam um exercício de visualização.

Pensem na última vez que foram ao shopping. Viram um edifício com várias lojas, separadas por corredores, possivelmente agrupadas com outras do mesmo género,  tudo muito direitinho e organizado, certo? Não vos saltava gente de dentro das lojas a oferecer cupões ou a gritar que havia promoções, pois não?

Agora pensem na internet. Vocês estão no Facebook ou Instagram e o que é que acontece se chegarem ao fim de uma história e continuarem sem querer? Aparece um anúncio que se calhar até nem tem nada a ver com o que o vosso amigo fez durante o dia.

Ou fazem uma pesquisa sobre "como cozer batatas" e aparece o quê? Tudo desde receitas, a lojas que vendem batatas cruas e se calhar o restaurante com as melhores batatas cozidas da vossa região. E o pior de tudo? Só vão ver batatas cozidas durante dias. Mas no shopping ninguém vai atrás de vocês à saída da loja a gritar que se esqueceram de comprar isto e aquilo... ou vai?

Na feira ou no mercado, no entanto, tudo isto acontece. Vocês estão a ver tomates e está alguém - na mesma banca ou outra - a oferecer-vos maçãs. Olham para os "3 pares a 5€" e o vendedor começa a falar como se fosse possuído. E se por acaso não comprarem, ele é bem capaz de ainda ir uns metros atrás de vocês a perguntar se querem os os 3 pares por 4€, ou se não gostaram do padrão...enfim, tudo para se fazer ouvir mais alto que o concorrente e, eventualmente, vender.

Agora  façam lá o exercício todo de novo, com calma, e digam-me: o que é mais parecido com a internet: o shopping ou a feira?

(Por favor não concordem comigo só porque sim, isso é mau sinal....)


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