Olá. Espero que estejam bem em casa ou num ambiente controlado e a manter-se ativos neste período. O assunto de hoje tem a ver com marketing , de certo modo, mas sobretudo com o mercado de trabalho, acessibilidades e as barreiras que alguns de nós encontram nos processos de seleçãoo das empresas, que são cada vez mais sofisticados. Para a maioria de nós, sobretudo quando estamos à procura de um emprego digamos "convencional", o processo normalmente inclui uma candidatura, o envio de um CV e talvez uma carta de apresentação, e por fim rondas de entrevistas. No entanto, esse já não é o paradigma para todas as empresas ou todos os processos de seleção. Recentemente inscrevi-me em duas oportunidades para ganhar curriculo e talvez fazer algum dinheiro por conta própria e deparei-me com testes psicométricos. Ora, não foi a primeira vez que eu ouvi falar deste tipo de processo de seleção, pelo que perceho hoje passa-se por eles para se trabalhar até num call ce
Sabem o que é terem uma coisa a queimar a língua e não conseguir falar? É assim que eu me sinto, porque se por um lado acho que há coisas que devem ser faladas, por outro prometi a mim mesma que não me ia meter em certos assuntos neste blog.
E não gosto de falar por meias palavras. Soa a coisa super rebuscada e desonesta. Tal como o dito terrorismo de informação.
Eu não estou a falar de fake news - embora sejam aparentados, os conceitos. Eu estou mesmo a falar de pessoas e meios de comunicação que difundem informação errada - ou aquela que lhes interessa, apenas - de modo a criar o pânico. Tal e qual um ataque terrorista tradicional.
É assim que se destroem vidas e civilizações inteiras hoje em dia. É com base no medo que se tomam decisões de peso para países e continentes inteiros. É assim que se escolhem Presidentes e é assim que se arrastam países inteiros para situações de emergência.
É a facilidade que cada um tem de se fazer ouvir, de colocar palavras na boca do outro, de fazer uma multidão crer em meias-verdades que nos trouxe às situações que hoje vivemos.
E nós aceitamos isto. Deixamos que nos arrastem no pânico, que nos tornem cúmplices de enormes farças que servem os interesses de poucos - ou quase ninguém. Que nos viremos contra o nosso vizinho com quem ontem tínhamos as melhores e mais pacíficas conversas.
É assim que se gera o ódio e o desespero.
E o pior de tudo? Não sou eu que estou a ver estas situações de fora ou vocês que sofrem pequenos incómodos que acabamos por ser as maiores vítimas - são os principais envolvidos, que perdem a sua vida, o seu sustento, a sua liberdade e a sua dignidade a lutar por aquilo que muitas vezes nem sequer entendem na totalidade.
Hitler demorou meses ou anos a construir um exército e quem o apoiou capitulou com ele anos depois. Hoje em dia, tudo isto acontece de um dia para o outro, e nem todos conseguem sair "airosamente" como saiu o senhor que levou o Homem à Lua há 50 anos.
Pena que as pessoas estejam demasiado envolvidas para ter noção das consequências, mesmo quando só são afetadas indiretamente.
O bem que mais falta neste momento não é quantificável, transportável ou perecível, e infelizmente não dá dinheiro a ganhar - talvez seja esse o problema maior. O que mais falta aqui é bom senso.
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